Conforme o avanço da tecnologia seguido da disponibilidade de internet, a logística está em processo de inovação e evolução. Processos, operações e alto grau de eficiência são facilmente alcançados pela ligação entre a internet, Big Data e rádio frequência e tem como consequências a garantia de valor, variedade, rapidez e autenticidade.
De acordo com uma entrevista com Raphael Souza – gerente Corporativo Comercial da Jungheinrich – para o site da “A Tribuna”, a inovação no setor de logística em diversas empresas precisa de uma grande mudança de cultura.
Uma das questões respondidas por Raphael envolve a explicação do termo “Logistica 4.0”. Segundo a explicação dele, ocorreram 4 revoluções industriais. A de 1784 com a criação da maquina a vapor, em 1870 ocorreu a segunda com o estabelecimento da linha de produção, a terceira se iniciou em 1969 com a implantação da automação, computadores e eletrônicos. A partir de 2012 surgiu o termo Logistica 4.0, que indica a 4ª revolução, trazendo a tecnologia da automação, comunicação adaptada aos equipamentos, tudo vinculado a internet e integrado com os equipamentos.
O cenário brasileiro ainda não possui muitos seguidores. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que apenas 1,6% das empresas nacionais estão realizando seus processos de Logistica e Indústria 4.0. Até 2027 espera-se que os 1,6% se transforme em 21,8%.
Em outra pergunta que foi feita para Raphael Souza, sobre as vantagens da implantação da Logistica 4.0, Raphael afirma que existe uma otimização, onde o controle dos serviços e equipamentos utilizados será muito mais preciso, um investimento que reproduz uma redução de custos operacionais e melhor produtividade. Como complemento, o Gerente também incluiu a descentralização como outra vantagem, existirá células produtivas espalhadas por diversos locais do Brasil, pois o trabalho, as informações estarão nas “Clouds”, podendo ser alocadas para serviços de outras empresas, sem a necessidade de transportar equipamentos e sistemas.
Quanto aos riscos, Raphael declarou que a empresa que não se adequar, vai continuar estagnada, no mesmo modelo de muitas empresas atuais, com destaque para a afirmação que aquele que não se ajusta, enquanto os outros o estão fazendo, tem como destino ser extinto pelos que mudaram.
Para se adequar a esse novo modelo de gerenciamento, as empresa precisam além de investimento, visão de longo prazo, também é necessária uma mudança cultural.
Fonte – A Tribuna.